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Mocho

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O Mocho é um espírito da noite, como os seus maravilhosos olhos que tudo vêem, até na mais densa escuridão é o animal mais emblemático da conexão com a sabedoria e conhecimento intuitivo. Transporta os dons da visão e sabedoria ocultas, da vigília, dos presságios, das sombras e da sabedoria antiga e está associado à rectidão e à justiça, pelo que pode ser chamado para ajudar em questões legais.

O mocho, na Grécia antiga, era a figuração animal de Atropos, a Parca encarregue de cortar o fio do destino. Também no antigo Egito o consideravam, por ser animal noturno, uma representação da morte. Como animal mítico é um dos mais antigos símbolos da tradição chinesa, ligado ainda ao trabalho do ferreiro no fogo em que forjava a sua obra. Ou seja, em tempos considerou-se, erradamente, nefasta a simbologia desta ave, até porque facilmente nos esquecemos que a morte é simbólica até porque a seguir a esta há sempre um renascimento. É da Idade-Média que se recebe, nos tratados de alquimia e em alguma pintura a herança e a memória da simbologia lunar desta ave, que tanto pode ser desejada como temida. Pois a dada altura, na tradição popular em França, surgem os contos do mocho-sábio, em que a maturidade dos seus discursos e exemplos o tornam numa figura de cariz positivo.
Na tradição Xamânica e na sabedoria ancestral esta ave é poderosíssima.

Invoquemos este animal para ver o que está oculto aos demais, para ver a verdade das situações para além do véu da ilusão e dos enganos e para ser a Inspiração e o Guia que nos auxilia a explorar profundamente o desconhecido e a magia da Vida.

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